Na tarde de terça-feira, 9 de dezembro de 2014, o fotógrafo Vincent Rosenblatt concedeu esta entrevista, entrecortada por baforadas de cigarros Nat Sherman, enquanto preparava o ateliê para, à noite, receber colecionadores e marchands.
Com tambor ou sem ele, o funk carioca é uma estratégia de sobrevivência. Tanto mais o matam, mais intensamente ele vive, tantas outras formas assume, tão mais incômodas e provocativas. Ele se alimenta do genocídio nosso de cada dia.
Nós fecha nessa porra no claro e no escuro, nós roba, nós trafica, nós não gosta de andar duro. É só de Hornet pra cima no bonde do caça-tesouro, é só guerrilheiro bolado que anda trepado e pesado de ouro.