Com tambor ou sem ele, o funk carioca é uma estratégia de sobrevivência. Tanto mais o matam, mais intensamente ele vive, tantas outras formas assume, tão mais incômodas e provocativas. Ele se alimenta do genocídio nosso de cada dia.
A contraposição entre uma música que aconteça “de dentro para fora” e outra que ocorra “de fora para dentro” não tem qualquer embasamento na História. Trata-se da expressão de uma ideologia, esta sim, em crise.
Em “A nova moral do funk”, a argumentação de Marcia Tiburi gira em torno de um erro semântico. O que ela designa como Proibidão corresponde ao subgênero de funk carioca cuja denominação correta é Putaria. É possível que aquilo de que ela fala nem mesmo exista.