DJ Lugarino, 1998

Na tarde de terça-feira, 17 de março de 2014, o DJ Marcelo André reuniu em sua residência os DJs Lugarino e Luciano Oliveira mais alguns amigos. Pude então conversar com Lugarino sobre o CD que ele produziu em 1998.

Na tarde de terça-feira, 17 de março de 2014, o DJ Marcelo André reuniu à volta da piscina em sua residência, na Estrada do Campinho, em Campo Grande, os DJs Lugarino e Luciano Oliveira (MC Sabãozinho), o escritor Marcelo Gularte e amigos. Pude então conversar com Lugarino sobre o CD DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste, de 1998, e obter uma cópia do último exemplar em suas mãos, até há pouco ainda lacrado.

Em entrevista concedida a Tatiana Ivanovici em outubro de 2006 o DJ Luciano Oliveira declarou ter utilizado pela primeira vez o loop que se tornaria conhecido como Tamborzão — ou, em coleções de bases para DJs, “Tamborzão puro” — no “Rap da Vila Comari”, gravado em 1998 pelos MCs Tito e Xandão para o CD DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste. A declaração foi endossada pelos DJs Everton Cabide,1 Duda da CDD,2 Sany Pitbull3 e Marcelo André.4 Uma vez que não há consenso sobre essa autoria,5 pareceu-me necessário obter a gravação e apresentá-la. O DJ Lugarino afirmava possuir um exemplar. Depois de duas tentativas frustradas de encontro — uma na praça Tiradentes, outra no parque de Madureira — nossa entrevista aconteceu em Campo Grande através da intermediação do DJ Marcelo André.

DJ Lugarino, 1998, contracapa do CD

O DJ Lugarino na contracapa do CD DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste, em 1998.

Carlos Palombini — Quem é o DJ Lugarino?

DJ Lugarino — Pra resumir, sou morador de uma comunidade aqui do Rio de Janeiro chamada Vila Kennedy,6 hoje infelizmente numa mídia totalmente negativa, mas com mais coisas boas do que estão colocando. Só que as coisas boas de dentro de uma comunidade eles não divulgam, só as negativas. Desde moleque, desde meus quinze anos, sempre fui DJ dentro da comunidade, sempre fui metido no meio da música. Eu tocava, era DJ fixo, residencial, da quadra Unidos da Vila Kennedy, a quadra da escola de samba, junto com a equipe Hot Som, uma equipezinha que tornou lá. A gente sempre estava levando equipes convidadas — isso foi há um bom tempo — e o nosso sonho na época era botar uma Furacão 2000. Chega a ser engraçado quando eu conto: ficamos dois anos ajuntando um dinheirinho, moeda por moeda, pra tentar contratar a Furacão e levar até a comunidade. E conseguimos. Foi com o DJ Pinto II. Eu toquei na equipe da casa, residente, a Hot Som, e ele gostou muito do meu trabalho. No final do baile, perguntou: “pô, velho, tu tá jogado aqui…” “Ué, não, jogado, não: é a comunidade onde fui criado e que respeito, e estou aqui.” “Vamos lá fazer um teste na Furacão.” Com esse convite, fui. Fui aprovado e entrei mesmo para a Furacão 2000.

Foi-se abrindo um leque: amizades pra ali, pra cá, e conheci o Luciano porque fui gravar umas vinhetas no estúdio dele. Fizemos uma amizade fantástica, que é até hoje. Cheguei lá, o Luciano estava fazendo o polêmico Tamborzão na bateria. Achei legal e falei pra ele que estava com esse projeto de fazer o CD, que ele visse se tinha algumas coisas para colocar. Além dele havia outros amigos: o DJ Jayme, outra rapaziada. Luciano estava fazendo o rap da rapaziada de Comari e me pediu opinião: “Lugarino, o que é que tu tá achando dessa caixa aqui?” Falei: “Legal, mas quero ver depois que estiver pronto.”

Acredito que não exista nenhum CD, de 1998 para trás, só esse. De 1999 pra cá, surgiu. Acho que o “Rap da Vila Comari” é o primeiro registro em CD dessa batida produzida pelo Luciano. Depois houve várias versões, o pessoal veio melhorando, aperfeiçoando, mas é o primeiro registro. Foi feito no estúdio do Grandmaster Raphael.

Carlos Palombini — Ele tinha acabado de produzir o Tamborzão quando você o encontrou?

DJ Lugarino — Acabado de produzir o Tamborzão. Na época achei até engraçado, pois era uma novidade. Acho que fiquei meio espantado: “Será que vai dar certo? Mas vamos botar, porque gostei.” O moleque que canta tem um pique muito bom. Acho que caiu bem com a música, com a produção que o Luciano fez. E daí pra cá, veio. O Luciano teve uma passagem pela Gota. Escutei muito a Gota usando esse próprio Tamborzão, esse, do Luciano. E daí veio. O registro é esse aí.

Carlos Palombini — E hoje, o que você faz no funk?

DJ Lugarino — Fiquei um bom tempo na Furacão 2000. Quando saí, fiz uma rádio onde sou nascido e criado, e hoje tenho minha rádio, já no ar há quinze anos. Tenho uma rádio comunitária onde divulgo vários talentos dos bailes. E fui para a área de eventos devido à minha rádio dentro da localidade. Nesse tempo todo fiquei afastado do exercício da função de DJ profissional (é diferente). Botei na minha cabeça que não ia trabalhar mais pra ninguém. Graças a deus estou hoje conseguindo essa meta, mas continuo exercendo a função enquanto DJ de amigos, faço programa de rádio dentro da minha rádio e outras coisas. Sou convidado pra tocar em casas de show. Vou, mas não tenho vínculo firme com ninguém, não toco em nenhuma casa, fixo. Hoje eu vivo disso, da minha rádio. Faço meus eventos, tenho minha correria.

Capa do CD DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste (1998) CD DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste, 1998 DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste, 1998, contracapa

Carlos Palombini — Como surgiu a ideia de gravar o DJ Lugarino apresenta os melhores da Zona Oeste? 

DJ Lugarino — Muita rapaziada boa da Zona Oeste (todos aí são da Zona Oeste), muita galera tanto da minha comunidade quanto de Campo Grande e de Bangu (até hoje a correria é muito grande, muita gente boa aí com falta de espaço), e eu estava em condições de fazer esse CD: surgiu essa ideia. Eu tinha umas coisas já prontas. Falei: “vou fazer um CD”. Procurei Grandmaster Raphael. Veio pelo selo dele. Convidei uma rapaziada pra vir. E está aí. A dificuldade foi que eu não tinha distribuidora. Era eu com minha canela, minha perna. Você imagina, correr atrás, fazer três mil CDs e não ter onde colocar pra vender! Foi suado. Eu mesmo botava. Graças a deus cheguei a botar meu novo CD nas Lojas Americanas, me oferecendo: “deixa o CD aí (pra um gerente, poucas lojas, mais nas localidades de Campo Grande e Bangu), daqui a vinte dias eu passo aqui: tá em consignação, o que você vender, me paga, o que não vender, devolve.” Fui botando em alguns lugares assim porque na época meu nome estava em evidência. Não tinha um distribuidor, mas meu nome fazia com que ele segurasse o CD pra vender naquele momento.

Carlos Palombini — Você vendeu os três mil?

DJ Lugarino — Eu cheguei a vender duas mil e seiscentas, duas mil e quinhentas, porque muito trabalho foi feito, até em lançamento. Às pessoas que estão dentro do CD foi dada uma quantia para cada: vende e tal. Chegamos a vender umas duas mil e quinhentas cópias.

Carlos Palombini — E hoje, não sobrou nada?

DJ Lugarino — Pra tu ver! O que eu tenho na mão é o único: estava emprestado. Hoje eu fui lá, graças a deus consegui pegar com o rapaz, e trouxe aqui para a gente.

Carlos Palombini — Como foi o processo de gravação do “Rap da Vila Comari” e como ele foi recebido?

DJ Lugarino — Quando decidi lançar o CD, fui perguntar ao Luciano se ele tinha algum material na mão. Ele falou que tinha o “Rap do Comari”. Se não me engano é do Tito e Xandão. Escutei o rap, achei fantástico, bem pra cima, muito bom, e me animei. Cheguei nessa época a ter programas de rádio na Costa Verde, rádio forte dentro do Rio de Janeiro. Tocamos a música. Foi bem aceita. A música é boa. Acho que só não decolou porque era uma coisa nova no mercado: o Tamborzão ainda não tinha aparecido. Se você for ver as bases dos outros raps, vai verificar que não tem nada com Tamborzão, a não ser aquilo. Por isso mesmo digo que, pra mim, foi o primeiro registro. Tu tira por ali. O CD tem vinte e duas faixas. Não tem nada com Tamborzão, só “Rap do Comari”.

Carlos Palombini — Quem são os MCs Tito e Xandão?

DJ Lugarino — Conheci através do Luciano Oliveira. Peguei o histórico deles: era uma rapaziada que já vinha lutando muito nos festivais de galera, talentosos. Na época eu gostei, pegamos uma amizade boa, e se não me engano eles saíram num LP da Hollywood Discotheque, do Cientista, antes desse meu CD. Eles tinham saído num LP e eu nem sabia. Depois que pegamos amizade eles disseram, e gravaram outras músicas. Infelizmente não veio a acontecer, mas são dois rapazes talentosos. Não sei por que não fluiu o trabalho deles.

Carlos Palombini — Eles são de Campo Grande?

DJ Lugarino — De Campo Grande, da Vila Comari. Vila Comari é um bairro de Campo Grande.7

Carlos Palombini — Como você vê a história do funk carioca?

DJ Lugarino — Hoje em dia a tecnologia está muito avançada: a gente entra no Face, essas coisas. Tem gente que não sabe o que significa a palavra funk. Eu fico até triste. Tem pessoas que às vezes falam do funk de uma maneira… A pessoa não é conhecedora, não puxa lá de trás o que é o funk, o verdadeiro funk. Funk é muito bom. Tanto que, eu acho, não existe hoje ritmo mais tocado, no Rio de Janeiro como no Brasil.

Quando o funk entra em decadência, só tem críticas, mas quando tem alguma coisa na mídia, aqueles que estão lá em cima, os poderosos, sugam até o último caldo, pois sabem que dá resultado. Não é à toa que o funk é bom. Agora, uma coisa tão boa, o funk, nós não podemos generalizar por causa da minoria. As pessoas que fazem do funk uma prostituição, uma apologia ao crime são  a minoria, a grande maioria são boas. O funk tem as perseguições dele, mas o samba também já teve. A pessoa tem que passar na peneira o bom e o ruim. E eu acho que tem mais coisa boa que ruim.

Carlos Palombini — Quem são, nessa história do funk, a figuras que você considera as mais importantes?

DJ Lugarino — Minha geração: vamos falar a nível de DJ, que é a minha parte. Na época não existia tanto MC. Não existia MC, veio bem depois. Alguns discotecários, apresentadores de televisão, moleques: Cidinho Cambalhota, Ademir Lemos, o programa Som na Caixa, a galera mais antiga. Depois veio andando: o próprio Grandmaster Raphael, que hoje é meu amigaço, curti muito na Tropical Funk Music (quer dizer, bem antes de Furacão 2000), Marlboro, uma rapaziada boa, Adriano, rapaziada que nós pegamos, o Cientista, da Hollywood, Marcão Cash Box. E vou te falar, eu acho que, independente de qualquer coisa, pra mim, particular: o Rômulo Costa. Ele somou muito na minha vida. Se eu tenho o que tenho hoje, graças a ele. O dia em que eu falar de funk e não citar o nome dele estarei sendo injusto comigo, porque pra mim o Rômulo Costa — nem todo o ser humano é perfeito — é uma potência no funk no Rio de Janeiro. Não só no Rio como no Brasil.

Carlos Palombini — Nessa história, qual foi a importância de Luciano Oliveira?

DJ Lugarino — O Luciano hoje é um grande amigo meu, um grande irmão. Sempre estamos nos esbarrando nos encontros de DJs, nos bailes, nas festas. O que mais firmou foi isso. E o Luciano trabalha no mesmo ramo hoje, com estúdio, com gravação. Continua indo nos meus encontros de DJs, fazendo programinhas de rádio locais nas comunidades e é o meu locutor profissional. Eu só gravo minhas vinhetas, minhas aberturas com o Luciano até hoje. O Luciano pra mim é fantástico, um cara muito profissional naquilo que faz, muito bom mesmo. Quem conhece sabe.

Carlos Palombini — O que é o Tamborzão?

DJ Lugarino —  O Tamborzão hoje é o ritmo carioca, que se espalhou no Brasil. É uma ideia fantástica, muito bom. Até o funk melody: tem funk melody que tem Tamborzão pra acompanhar, pra ficar mais dançante. Hoje o Tamborzão é o ritmo do funk carioca. Muito gostoso, muito bom. Só fico triste, como funkeiro (que eu sou funkeiro), quando as coisas boas são utilizadas para aquilo que é ruim. Só que às coisas ruins, eu acho, a gente não pode nem dar muita ênfase, se não botam as coisas piores nas alturas. Acho que as pessoas devem se conscientizar de que a batida em si já é dançante. Não precisa apelar. A batida é gostosa, não precisa ter apelação pra você curtir o funk, porque a batida já te contagia sem letra. E ainda mais com uma letra bonita.

Carlos Palombini — Como você vê o funk hoje?

DJ Lugarino — Tem um lado criativo, muitos produtores, DJs bons, muita coisa boa. Só fico triste: os DJs que pegam aquele material pra fazer uma coisa que, em vez de incentivar um adolescente pra uma coisa boa… Um funk de pornografia, eu sou contra. Um funk de apologia ao crime, eu sou contra. Mas o funk em si é muito gostoso, muito bom. Tem muita coisa boa no mercado, muita criatividade dessa rapaziada. Quem tá de fora acha que é mole fazer, mas a gente que entende vê muita coisa de qualidade. Acho que tinha que ter mais um pouquinho de esforço da rapaziada pra essas coisas ruins não aparecerem no mercado. É difícil porque tem proibidão que não toca na rádio, mas acontece dentro da comunidade e se espalha mais rapidamente. A gente tem que dar valor à coisa boa.

Na minha época a maioria dos funks que fizeram sucesso, a maioria dos funks, era instrumental. Você vê que a batida é tão gostosa. O Volt Mix, de onde vem depois os raps, é um instrumental que fazia sucesso no baile. Era só batida. O Ice-T era só batida. O Hassan era só batida. A batida funk em si já é gostosa. Não tem necessidade de apelar — que isso pra mim é apelação. E essa galera que tá hoje aí, tem muita galera de qualidade. Meu irmão, é só levantar a cabeça, e no que é ruim, passa a borracha. Tem que aproveitar a coisa boa.

 

 


1 Depoimento prestado a Tatiana Ivanovici no estúdio do DJ, Jardim Catarina (São Gonçalo), em outubro de 2006, com a participação de Luciano. Ver “A história do Tamborzão do funk”;  transcrito em “DJ Luciano: o Tamborzão”.

Com certeza, você fez aquele Tamborzão, o patrão Kokota escutou: “esse tambor… esse tambor que é o tambor do funk. Vamos mudar o funk”. Aí eu fiz uma “Montagem da Gota”, saiu, e as equipes de som já começaram a copiar. Eu falei, “não, o Tambor é o Tambor da Zona Oeste, o Luciano criou”. Eu usei aquilo. O pessoal começou a me perguntar: “da onde é aquele Tamborzão?” “Aquele Tamborzão é o Tamborzão da Zona Oeste, feito pelo Luciano”. Foi o início do funk. Todo o mundo começou a copiar, a botar nas músicas, e a evolução começou a evoluir, evoluir, evoluir até chegar nesse Tamborzão de hoje.

2 Depoimento prestado a Carlos Palombini e Lucas Ferrari durante encontro de DJs no Bangu Atlético Clube, 25 de novembro de 2013; transcrito em “DJ Luciano: o Tamborzão”.

O Luciano Sabãozinho! Ele fez a programação de bateria, o Tamborzão, pois não existia o loop, e produziu a primeira música com essa batida. Nem ele nem ninguém acreditava na ideia da batida. O DJ Cabide foi o primeiro a pegá-la e misturar com outros elementos, como o Volt Mix, e começou a criar algumas montagens da Gota com ela. O pessoal não abraçou muito. Os DJs não abraçaram.

3 Depoimento prestado a Tatiana Ivanovici e Diogo Cunha, outubro de 2006; ver “Tamborzão por Tatiana Ivanovici e Diogo Cunha”.

Até que chegou uma hora em que um determinado DJ, o Luciano, na Zona Oeste do Rio, lá de Bangu (sic), não sei como, catou alguns elementos, usou uma 808 (sic) da Roland, tocou aquela percussão, e a coisa foi chegando. Muita gente criticou na época em que ouviu, não gostou por causa da influência do Volt Mix. Ele é todo cheio, o Volt Mix, ele é todo completo: tem agudo, médio, grave, tudo ali, tudo completo. E o Tamborzão, ele é aquela coisa — tum pa-pa pu-tum pá — seca.

4 Entrevista concedida a Claudia Duarcha, publicada no blog Funk de Raiz, 23 de maio de 2013; ver “Entrevista: DJ Marcelo André”.

O Tamborzão é uma música dançante, na verdade, um loop de três segundos. E aquilo vai embora, só aquele loop, sem virada, sem nada. Deu certo porque é dançante. O Tamborzão tem a nossa cara, mas se você for lá atrás, a “Melô da macumba” tem um tambor, a “Melô da explosão”, também. Era uma coisa leve, não tão pesada e dançante quanto o nosso, mas já tinha o tambor. O que o Sabãozinho fez foi criar uma batida nossa, e todo o mundo no funk copiou.

5 DJ Grandmaster Raphael, em entrevista concedida a Carlos Palombini no estúdio da Vila Valqueire, 25 de janeiro de 2014, transcrição em “Grandmaster Raphael”.

Eu acho que não tem inventor, acho que tem uma colaboração de vários DJs fazendo uma coisa: eu faço uma coisa aqui, você pega a minha coisa e faz uma adaptação, aí ele pega, já bota outro tempero, e vai copiando, vai copiando, vai adaptando, vai equalizando diferente; quando vê, de um só, virou mil. Acho que é algo mais ou menos assim.

6 A Vila Kennedy é um sub-bairro não oficial de Bangu. Desde 2004, quando Gericinó desmembrou-se de Bangu, ela se distribui entre os bairros de Gericinó, ao norte da avenida Brasil, e de Bangu, ao sul.

7 A Vila Comari, ou o Comari, é um dos maiores sub-bairros de Campo Grande, oficialmente, o mais populoso dos 161 bairros do município do Rio de Janeiro, com 328.370 habitantes, de acordo com o censo de 2010. O rendimento nominal médio domiciliar em Campo Grande é de 2.401 Reais, o que o coloca em 90ª posição, entre o Joá, com 17. 537, e Grumari, com 973 (o censo de 2010 não leva em conta o desmembramento de Bangu).

 

FOTO: Muleks 100 Limits, morro da Mangueira, Rio de Janeiro, terça-feira, 19 de dezembro de 2006. © Vincent Rosenblatt / Agência Olhares